Porque andam estas marcas às turras?
O que raramente se tem visto é uma forma tão declarada de «guerra»: Audi e Mercedes-Benz, envolvidas num aceso despique esta temporada no Campeonato Alemão de Turismo (vulgo DTM), atingiram o auge vulcânico da sua rivalidade na última prova, no Circuito da Catalunha: depois de três pilotos da marca da estrela terem colocado fora de corrida outros tantos pilotos da marca dos anéis - dois deles candidatos ao título - Rupert Sadler (presidente da Audi AG) e Wolfgang Ullrich (responsável pela competição da Audi) tomaram a decisão de mandar retirar todos os seus carros da corrida, abandonando em forma de protesto.
No final da prova, Ullrich e Norbert Haug (o «senhor-motorsport» da Mercedes) foram vistos a conversar sobre o assunto e, pelo menos em público, portaram-se com juízo. Mas a Audi continua a dizer que o que aconteceu em Barcelona não é competição, porque a competição é, segundo Ullrich, «uma forma leal de competir e sem exageros, falta de desportivismo e utilização forçada de excesso de agressividade».
Agora o DTM vai decidir-se na última prova do calendário, em Hockenheim, e ainda que seja um piloto dos quatro anéis a liderar (Mattias Ekström), há a possibilidade do título ir parar, de novo, ao colo da Mercedes-Benz, porque Bruno Spengler está a apenas dois pontos. A Audi dá a entender que não vai abandonar o DTM, mas o simples facto de falar nisso e de sugerir que sejam revistas as regras para comportamentos idênticos, já deixa antever uma reunião de emergência no final da temporada.
Para mim, começavam tudo do zero: no próximo ano faziam um verdadeiro campeonato com carros de turismo (e não super-protótipos mascarados de carros de série) e, já agora, iam todos corridos a motores Diesel. O que acham?