13.2.09

Que carro é este? A resposta!

"A transmissão usava uma caixa robotizada de cinco relações, com as duas últimas mais longas. O condutor podia usar a caixa em modo automático ou manual em sequência, empurrando ou puxando a alavanca. A função "stop & go" desligava o motor assim que se parava por mais de três segundos, voltando a ligá-lo quando se tocava no acelerador. O estudo aerodinâmico passou por tapar o máximo possível as grelhas dianteiras, montar um fundo plano para reduzir a turbulência, uma tampa da mala mais comprida no topo e saias laterais. O Cx baixou de 0,32 para 0,29, o que é notável num modelo com apenas 3,5 metros. As ligações ao solo também foram mexidas, desde logo com a adopção de pneus estreitos e de baixo atrito, uns 155/60 R14 com estrutura em Kevlar: os B381 Ecopia da Bridgestone. Os braços da suspensão da frente, o seu sub-chassis e as maxilas dos travões dianteiros passaram todos para alumínio. Os amortecedores foram revistos. Tudo medidas que hoje nos são apresentadas como grandes progressos, por várias marcas."


Pois é! O carro em causa tem quase 10 anos (foi lançado em 1999) e era o VW Lupo 3L. O que impressiona, neste pedaço de texto do Francisco Mota, é como a respectiva descrição técnica é quase - ipsis verbis - a mesma de tantas versões "eco" que actualmente estão a ser lançadas. Com 10 anos de diferença! E com mais um detalhe importante que o Francisco também lembra: é que o VW Lupo 3L era vendido, à época, por 14.500 euros, o mesmo preço do 1.4 TDI!
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Isto pode significar duas coisas: (1) que, sendo um projecto pessoal de Ferdinand Piëch, o Lupo 3L não poupou dinheiro para poder ter "razão antes do tempo"; ou (2) que aquilo que hoje existe não passa de um monte de banalidades. Provavelmente significa as duas coisas.
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Vale a pena ler a crónica do Francisco Mota na próxima edição da Automagazine.
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Os palpites não foram muito abundantes, mas aconteceu uma coisa para mim inesperada: o Adelino Dinis percebeu imediatamente de que carro se tratava. E - eu confirmei com ele - não foi graças a qualquer "informação privilegiada"; foi mesmo perspicácia pura! Fantástico!