Porsche Cayene híbrido
É curioso que o Porsche Cayenne híbrido recentemente anunciado pela marca alemã, previsto para 2010, com um motor eléctrico montado em paralelo ao V6 e um consumo médio de 9,9 litros (face aos 12,9 do V6), seja tantas vezes apresentado como uma conquista da Porsche. Um feito. Algo que demonstra a competência técnica da marca. Isso nem sempre é explícito, mas está muitas vezes implícito no que se escreve sobre o Cayenne híbrido.
E é curioso que seja assim porque na verdade não é nada disso. O Porsche Cayenne híbrido não é uma escolha da Porsche; é um imperativo. A Porsche não faz o Cayenne híbrido porque quer, faz porque tem que fazer. Isso não é claramente assumido nos discursos oficiais nem transparece nas notícias que se publicam sobre o tema. Mas essa é que é a verdade. Aliás, este é um problema não só para a Porsche como para todas as marcas de automóveis desportivos, que sempre dependeram da gasolina e não desenvolveram atempadamente tecnologias alternativas mais eficientes do ponto de vista energético e ecológico.
Como é que os fabricantes de carros desportivos vão lidar com o futuro? Essa, sim, é uma discussão interessante...