Em apresentações distintas, em duas diferentes cidades francesas, estive a representar a AUTOMAGAZINE nos lançamentos do Opel Ágila e do Suzuki Splash.
Foram projectados ao mesmo tempo, desenhados por uma equipa multidisciplinar no Japão e adaptado na Alemanha, posteriormente, no caso do Opel. São iguais, como se pode perceber pelas imagens, porque o que muda é, simplesmente, a «cara»: a Opel escolheu umas nervuras diferentes no capot, uma grelha mais expressiva com o símbolo ao centro, a Suzuki preferiu linhas um bocadinho de nada mais suaves. O resultado final, em ambos, é francamente bom.
Apresentados como iguais, tentámos ir à procura das diferenças. Mas em vão: Markus Lott, engenheiro germânico que foi o «diplomata de ligação» entre Opel e Suzuki neste trabalho conjunto, esclareceu-me que as diferenças que existem são, meramente, de estilo, e mesmo essas são muito suaves. Tudo o resto, chassis, suspensão, motores, caixa, está tudo feito de forma igual e, segundo ele, não fazia sentido mudar nada.
Isto significa que Ágila e Splash são irmãos de sangue e partilham todas as interessantes características que descobrimos neste primeiro contacto. Até as mais irritantes: o «pisca» faz um irritante «blip-blop-blip-blop» como se fosse um jogo de computador dos antigos Atari (mas um dos maus). Não se pode desligar. Nem mudar. «Como é tudo electrónico e os 'piscas', actualmente, já não têm relais, tivemos que inventar um ruído para que se percebesse que estavam a funcionar. Tivemos um 'designer de som' para criar o ruído que achámos que seria perfeito, mas depois o próprio altifalante que usámos é o mesmo para o avisador de falta de cinto de segurança, e ele não pode reproduzir qualquer som. De maneira que foi a melhor solução que encontrámos», explicou Lott. Simpático, o engenheiro da Opel não confirmou que também ele acha o ruído irritante, mas aceita que sejamos dessa opinião.